quinta-feira, 4 de março de 2010

-- Sabores [1] --

Não sou melancolica simplesmente, eu gosto de coisas melancolicas, a vida é muito difícil e corresponde melhor a realidade quando as coisas não são "bonitas" de se ver ou serem lidas.
Estava lendo Nietzsche, e quem conhece a vida dele, q resumindo, amor não correspondido, loucura, problemas de saúde, sabe que embora na minha humilde opinião era um gênio, a vida dele não foi fácil. Talvez ele não fosse tão bom se não tivesse sofrido tanto.

"Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal,não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeirase os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las."
 
Bonito né? Legal seria se fosse tão simples escolher aproximar-se ou afastar-se das coisas. Como o próprio Nietzsche disse: "Temos a arte para não morrer da verdade." Admiro os escritores que escrevem belas e perfeitas histórias de amor, pq sua criatividade deve ser maior do que as pessoas que escrevem sobre as coisas como elas são, imperfeitas, amargas... Prefiro o lado sincero de Nietzsche:
 
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."  
"Em última análise, amam-se os nossos desejos, e não o objecto desses desejos."
 
"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
 
Bom, já q pediram pra indicar filmes e estou falando sobre Nietzsche, indico o filme: Quando Nietzsche chorou. Eu adoro psicologia e filosofia e o filme tem meus dois xuxus Nietzsche e Freud. No filme vc encontra frases muito boas(meu vício):
 
 
"Alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos. Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro se tornar cinzas?"
 
"A melancolia não é uma doença, é parte da minha natureza. Aprendi uma dura lição: só podemos contar connosco.” 
 
"Se optar pelo prazer do crescimento, prepare-se para sofrer. Quer menos dor? Vá. Seja parte da massa. Olhe para esta árvore. Precisa de clima tempestuoso para alcançar esta altura. Aí está, criatividade e descoberta. Mas gerada na dor."
 
“É isto (…) a principal fonte de sua angústia. Aquela pressão precordial… é porque seu tórax está explodindo de vida não vivida. O tique-taque do seu coração marca o tempo que se esvai. A avidez do tempo é eterna. O tempo devora e devora, sem dar nada de volta. Que terrível ouvi-lo dizer que viveu a vida que lhe foi atribuída! E que terrível encarar a morte sem jamais ter reinvidicado a liberdade, mesmo em todo o seu perigo!”
 
"Torna-te aquilo que és."

4 comentários:

  1. Bonito texto, muita coisa para refletir a respeito da vida.

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  2. Gostei muito dos textos, mas tenho uma barreira com Nietzche. Acho que inconscientemente não quero me aprofundar demais nas amarguras do desconhecido, pois quero tentar tirar boas experiencias desse curto espaço de tempo que temos a oportunidade de estar vivo.

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  3. Ótimas frases! Não vi o filme ainda... acompanhoo Luiz quando o assunto é o velho Nietzsche... tenho medo do profundo. Mas é o próximo que vou assistir. :)

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  4. Sim, o profundo enlouquece, por isso gera medo. Tbm queria viver a margem.
    Deve ser por isso q as vezes acho q estou nos trilhos da loucura.

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