segunda-feira, 16 de agosto de 2010

-- DFilósofO --

Hoje é Dia do Filósofo, e pra quem acompanha o blog, não é difícil adivinhar quem é meu filósofo favorito: Friedrich Nietzsche. Uma das verdades que ele defendia que conseguimos comprovar, quando escutamos um música, lemos um livro ou assistimos um filme é:

"Ninguém pode escutar nas coisas, inclusive nos livros, mais do que já sabe. Não se tem ouvidos para escutar aquilo a que não se tem acesso pela experiência vivida."

Assim como podemos confirmar isso em nosso cotidiano, podemos confirmar na vida de Nietzsche. Vou comemorar esse dia com um comparativo vida e obra do meu queridinho. *-*

BERÇO - Nietzsche nasceu em berço luterano, por um tempo pensou em se tornar pastor, mas sua veia filolofica não o permitiu, ele rejeita sua fé e se rende ao seu amor a filologia (do grego antigo "amor ao estudo, à instrução"):
"Se o cristianismo tivesse razão em suas teses acerca de um Deus vingador, da pecaminosidade universal, da predestinação e do perigo de uma danação eterna, seria um indício de imbecilidade e falta de caráter não se tornar padre, apóstolo ou eremita e trabalhar, com temor e tremor, unicamente pela própria salvação; pois seria absurdo perder assim o benefício eterno, em troca de comodidade temporal. Supondo que se creia realmente nessas coisas, o cristão comum é uma figura deplorável, um ser que não sabe contar até três, e que, justamente por sua incapacidade mental, não mereceria ser punido tão duramente quanto promete o cristianismo."
CARREIRA - Sempre foi um aluno aplicado e aos 25 anos se tornou professor e se desenvolvia cada dia mais. Escreveu seus livros, matou deus, e conquistou a solidão:
"Se optar pelo prazer do crescimento, prepare-se para sofrer. Quer menos dor? Vá. Seja parte da massa. Olhe para esta árvore. Precisa de clima tempestuoso para alcançar esta altura. Aí está, criatividade e descoberta. Mas gerada na dor."
OBRA - Vale a pena conferir:  Humano, Demasiadamente Humano" (1878), "Aurora" (1881), "A Gaia Ciência" (1882), "Assim Falou Zaratrusta" (1883), "Para-Além de Bem e Mal" (1885), "Genealogia da Moral" (1887), "Crepúsculo dos Ídolos" (1888), "O Anticristo" (1888) e sua autobiografia "Ecce Homo" (1888).
"A melancolia não é uma doença, é parte da minha natureza. Só estou grávido. Aqui dentro. Minhas dores de cabeça são as dores do parto de meu novo livro."

AMOR - Ele recebeu um enorme NÃO ao seu pedido de casamento,  a tal donzela se casou com um de seus melhores amigo. Nunca teve sorte no amor, daí vem seu desencanto e desilusão a respeito desse sentimento:
"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são. Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."

SOLIDÃO - Já doente ele se isola numa pensão nas montanhas, e sua vida é assim até que teve câncer no cérebro e ficou aos cuidados de sua irmã até sua morte.
"É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil.
As vivências terríveis fazem-nos pensar se o seu protagonista não é, ele próprio, algo de terrível. Aprendi uma dura lição: só podemos contar connosco.

 MORTE - Nietzsche morreu por causa de uma doença no cérebro, completamente alheio à realidade à sua volta, ao meio-dia de 25 de Agosto de 1900. Antes disso, tentou suicídio três vezes, era como se a morte fosse a única forma de fugir da realidade pensante em que ele subexistia:
"A ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más."
Se torne um filosofo da sua própria vida, não precisa fazer filosofia. Questione desde o preço de um produto, seu candidato a presidência ou o sentido da vida. Se você já faz isso, o que é raro hoje em dia, Parabéns! Hoje também é seu dia.
"A filosofia é a que nos distingue dos selvagens e bárbaros; as nações são tanto mais civilizadas e cultas quanto melhor filosofam seus homens."
(René Descartes)

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