Então, talvez Leonardo Xavier tenha razão: "Se você não achar o objetivo primeiro dentro de você, fica mais complicado de saber qual o lugar ideal para atingi-lo ou quais as pessoas que você tem que procurar para isso. Se você não souber aonde quer chegar, provavelmente você vai ficar navegando aleatoriamente até esbarrar no seu objetivo por acaso e capaz de não reconhecê-lo quando isso acontecer."
"... ALEATORIAMENTE ..."
Talvez as teorias de aleatoriedade funcionem, e quão maiores são as chances das coisas serem diferentes, melhores ou piores em lugares, rodeada de pessoas diferentes, ruas diferentes, circunstâncias diferentes?
Seja pela aleatoriedade subjetiva de Demókritos ("consequência de nossa incapacidade de descrever, prever ou controlar".) ou aleatoriedade objetiva de Epikuros ("onde é impossível de descrever completamente; tem comportamento impossível de se prever e controlar, e se o repetirmos a partir de estados iniciais e causas idênticas produzirá efeitos diferentes".)
No fundo, tirando teorias, que não deixam de ser interessantes e podem sim te levar a alguma ação. As vezes, bem as vezes, gostaria que alguém me mostrasse o caminho. E não me venha com "Jesus é o caminho" e nada ligado a religião. Sabem que não sou de ficar esperando as coisas caírem do céu. Quem sabe alguém para sentar em um café e conversar horas sobre o sentido da vida, falar sobre meus vazios e minha teorias cheias de razão. Quem sabe alguém pra ir num show nem tão bom assim e se divertir pq é ruim. Chorar de rir. Passear no parque e me mostrar a beleza das coisas.Talvez eu esteja definindo a palavra "amigo", mas não acho que seja suficiente visto que é temporário. Talvez um amigo assexuado, intelectualizado, que conheça todos os filósofos e suas teorias, quem sabe alguém sem namorado(a), amigos e família por perto assim como eu, talvez alguém disponível..... Quem sabe esse alguém.... me mostre o caminho quando o "eu" me faltar.
P.S. Estou lendo um livro sobre "aleatoriedade", por certo esse assunto vai aparecer mais vezes por aqui.
Eu acho que encontrar essas pessoas com quem nos sentimos em comunhão é realmente uma tarefa difícil, mas também penso que é um pouco da gente baixar a guarda também.
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